#10 Leia!
O título dessa News não é um imperativo para que leia o texto a seguir. E sim um convite para que leia mais, leia sempre, leia mulheres, leia diversidade, leia histórias, ensaios, ficção. Apenas leia!
Ler; percorrer com a visão ou com os dedos - palavras, frases, textos - decifrando-os por uma relação estabelecida entre as sequências dos sinais gráficos escritos e os significados próprios de uma língua natural; interpretar o que está escrito; decifrar, reconhecer; aprender, conhecer, expandir.
No livro “O cérebro no mundo digital” a autora fala que ao ler uma única palavra, você ativa milhares de forças-tarefas neuronais e que o cérebro que faz a leitura profunda vai, de forma muito literal, fisiologicamente, “em todas as direções” para compreender o que está escrito.
Muitos estudos comprovam a importância da leitura como estímulo cerebral.
Além disso ler ajuda em:
Prevenção de doenças (alzheimer, por exemplo)
Expansão de vocabulário
Promoção de saúde mental
Redução de estresse
Estímulo à criatividade e imaginação
Ter melhor qualidade de sono (troque a telinha antes de dormir por um livro…)
Ampliação de foco e concentração
Desenvolver pensamento crítico
Expansão de círculo social e cultural
Livraria Acqua Alta, em Veneza, na Itália.
Já contei isso em algum lugar, mas quero relembrar aqui. Retomei o hábito de leitura em 2023, com o livro “Amores, amigos e aquela coisa terrível”, a biografia do Matthew Perry. A história me tocou tanto - e eu tinha acabado de ver Friends pela primeira vez.
Até então eu '“gostava de ler”, mas não seguia em frente com quase nada. Na última fase, antes disso, em que li bastante eu colecionei todos os livros da Sophie Kinsella (adolescente de tudo).
Depois de Matthew Perry li mais algumas biografias, incluindo a da Viola Davis (forte e visceral).
Quando eu leio ou assisto algo que me empolga, vou atrás de outras obras ou coisas sobre aquele tema. Seja um um tipo de história, uma autora, um lugar, uma atriz…
Em 2024 viajei para a Itália. Ao longo daquele ano todo, li alguns romances de autores italianos (Elena Ferrante, Alba de Céspedes, Domenico Starnone). E vi filmes e séries cujas histórias tinham a Itália como cenário.
Sabe quando uma coisa vai puxando a outra? Até que eu encontro algo novo e mudo a rota… e começo tudo de novo.
Fazer isso me traz uma sensação de vida. Desperta minha curiosidade (pra não chamar de obsessão) e criatividade, me deixa intrigada e traz muuuuuita satisfação. Do tipo “não vejo a hora de chegar em casa e continuar aquilo". Parece uma investigação particular, um segredo meu comigo mesma.
LER me faz sentir que estou em lugares diferentes, me faz ver o quão genial são algumas formas de escrita, me coloca pra pensar na vida por outra perspectiva.
Ler, ler, ler.
E por falar em leitura…
Essa semana está saindo do papel uma vontade que eu tinha há muito tempo.
Criar um Clube de Leitura.
Não sei bem o que significa isso. Esse nome está por aí, então acabei chamando assim.
Uma ideia simples: LER um livro ao mesmo tempo que outras pessoas (amigas) e nos reunirmos para CONVERSAR sobre isso. Com vinho, é claro. E beliscos.
Livro & Vinho & Beliscos.
Expectativas foram criadas e estão nas alturas.
E como não vou ficar com minhas expectativas sozinha, se quiserem acompanhar essa jornada junto comigo, veja o livro escolhido aqui e bora ler também. Vou contar melhor tudo lá no meu Instagram: (clique pra acompanhar).
Vamos?
Como permanecer no momento?
Como permanecer no silêncio?
Como permanecer?
Escrevo essa News após uma aula - noturna - de yoga (é raro, geralmente faço de manhã). A professora perguntou se gostaríamos de uma aula mais energizante ou mais relaxante.
Bora pra relaxante. Luz baixa e azul. Primeira instrução: fechem os olhos e tentem permanecer assim por TODA a prática. Sim. Fizemos a aula inteira de olhos fechados.
Com posturas menos complexas - e mais relaxantes - percebi tudo de outra forma.
Acostumada a fazer as aulas de olhos abertos, fechando eventualmente em algum momento específico da aula, fazer a prática com os olhos fechados trouxe outra perspectiva.
Maior concentração, percepção diferente do corpo, parecia que eu estava mais perto de mim mesma, no sentido literal. Foi mais fácil alcançar os pés ou escorregar a mão pelas pernas. Consegui até me equilibrar na ponta dos pés sem cair e fui tateando o chão (e engatinhando haha) para encontrar a parede para a invertida.
Silêncio. Conexão. Relaxamento. Escuro. Desafio.
Foi uma experiência.
Experiência essa que gerou algo diferente em mim. Daquelas coisas que se vive e quer que outras pessoas vivam também.
E depois disso: chegar em casa, escrever, ler e dormir.
“Em algum lugar do esquema de coisas pode haver espaço para que alguém viva com criatividade. Isso envolve preservar algo de pessoal, talvez algo de secreto, que é inconfundivelmente você mesmo (…) No viver criativo, descobrimos que tudo aquilo que fazemos fortalece o sentimento de que estamos vivos, de que somos nós mesmos.”
Winnicott - Tudo Começa em Casa